Minotauro

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Um dos monstros sagrados do jornalismo brasileiro, diretor de redação da CartaCapital, Mino Carta, aos 74, segue na ativa e não dá mostras de cansaço. Pelo menos até que realize sua missão – ver preso Daniel Dantas

Mino é um dinossauro. Em sua mesa, nada de computador: uma mastodôntica Olivetti cinzenta domina o cenário, como que afirmando seu capricho em desdenhar do tempo. Também não tem celular. “Não ser encontrado quando querem hoje é um luxo”, sorri. Não entende nada de internet, nem faz questão: “Às vezes me chamam para ver umas telas lá”, concede, com descaso. Seu esteio é o papel: criou e dirigiu publicações do porte de Veja, IstoÉ, QuatroRodas, Jornal da Tarde, Jornal da República e CartaCapital.

Nelas, sempre postulou o primado do texto refinado sobre a objetividade rasa da linguagem jornalística, tendência atual. Outros mandamentos de Carta são a “fidelidade canina aos fatos”, o “espírito crítico” e a “contínua fiscalização do poder”. Princípios que, concordemos, são cada vez mais raros nos tempos em que os fins justificam os meios na nossa imprensa.

Mino é um touro raivoso e vaidoso. O homem de queixo invocado, olhos sagazes e cabelos brancos elegantemente penteados – que não prescinde de saltos nos sapatos para contornar a miúda estatura – elegeu para hóspede de seu labirinto o empresário baiano Daniel Dantas; o target ocupa capas e mais capas de CartaCapital\. “Parece difícil para as pessoas que lêem nossa imprensa, vêem nossas TVs, perceberem a importância negativa dessa personagem”, afirma afável o jornalista, em seu aquário na redação, entre goles numa cervejinha – já eram 19 horas e o fechamento da edição mal havia começado.

Essa perseguição, contudo, é uma pálida lembrança do irascível Mino dos bons tempos: um homem implacável com o que achasse incompatível com sua ética e sua estética. Isso incluía tanto humilhar subordinados (maus redatores iam recolher suas matérias aos pedaços no chão) quanto bater boca com superiores que opusessem resistência a seus poderes (como certo editor que quase levou uma telefonada na cara). Pobre da Olivetti, volta e meia indo pousar do outro lado da redação, espancada pelo temperamental genovês – que adotou São Paulo desde os 13 anos e fala do Brasil com amor incondicional.

Quando a raiva não podia ser descarregada, era transformada em riso e rancor – conforme atestam seus romances, escritos à clef, O castelo de âmbar (Record) e A sombra do silêncio (Berlendis Vertecchia). Ali, personagens capitais do governo, da imprensa e do poder são retratados com um mínimo de piedade: nem são nomeados diretamente.

Aquele que atravessar o labirinto de expressões empoladas, psicologia autoindulgente e estilo pernóstico, eivado de toques de alta cultura e tiradas finíssimas, irá se divertir com um quebra-cabeça formado por memórias que cobrem do golpe de 1964 à abertura democrática – e encontrará, por trás de Cesar Pavia, Victor Civita; em general Tibúrcio, Golbery do Couto e Silva; Raposo Tavares é Jânio Quadros… tudo contado pelo irônico Mercúcio Parla, o próprio Mino que nos fala.

Mas o combativo Mino é também um senhor melancólico. A morte de sua amantíssima companheira, Angélica, há 11 anos, foi um choque de que ainda não se recuperou. Também sente muita falta de amigos queridos, como o jornalista Cláudio Abramo, seu grande ídolo. Na conversa após a entrevista à Experience, confessou-se “uma pessoa triste”. Diminui a própria importância na empresa que gere sua revista, qualificando-se como mero diretor de redação, embora seja, na verdade, um dos sócios da editora. A verdade é que não há um sucessor claro para seu cargo – mesmo que Mino tenha filhos jornalistas: Manuela, publisher da revista, e Gianni, correspondente em Paris.

Enquanto a inevitável aposentadoria não ocorre, Mino segue jogando tênis com o neto Pedro e comparecendo à redação todos os dias, esculhambando a elite brasileira ao mesmo tempo em que se compraz em exibir modos aristocráticos e comer em bons restaurantes romanos sempre que possível.

Certamente por muito tempo haverá um Carta na mídia brasileira (e a linhagem começou com o avô de Mino). Descontados os excessos e defeitos do homem, fato é que na imprensa escrita há poucos jornalistas que se dignam a usar o próprio nome no título de uma publicação. Raros, aliás, o usam no próprio texto – e o que vemos são árvores e mais árvores derrubadas para sustentar páginas sem graça.

Antes da despedida, ao pedido do repórter por um autógrafo, Mino pegou a CartaCapital da semana e pespegou, sobre a careca do arquiinimigo Daniel Dantas, um ambíguo “Com minha amizade eterna”. Mesmo que pretensiosa, é essa consciência do tempo, mais que o estilo ou a estrela, que já faz do jornalista Mino um mito. Leia aqui a entrevista. E cubra-se de glórias.

E afinal: Daniel Dantas dessa vez vai para o xadrez? Difícil chegar a esse veredicto [risos]. Eu já me precipitei, porque já disse que dessa vez seria difícil senão impossível voltar atrás do processo já iniciado. Mas na verdade, ao afirmar essa idéia eu agi movido por uma lógica tradicional que calcula uma ação correta na justiça enquanto há provas, não exagerei na minha expectativa. Não seria a primeira vez: cometo um ato falho toda vez quando acredito que no país a justiça seja democrática.

A justiça não é democrática? Diria que no caso do juiz De Sanctis, portou-se corretissimamente. Produziu-se um relatório suficiente para incriminar o senhor Dantas. A prisão causou celeuma porque o senhor Dantas é uma pessoa muito bem posta na vida… Mas, após os dois habeas corpus que conseguiu contra os dois mandados de prisão pedidos pelo juiz, logo vi que o senhor Dantas conta com proteções fortes. À medida que os dias passam, vemos que o investigado vira vítima e os investigadores, seus algozes. Tenho dúvidas quanto ao desfecho da história. Vai caindo os investigadores: o delegado Protógenes, o Paulo Lacerda, todo dia acontece alguma coisa… o próximo alvo é o juiz De Sanctis.

Quantas capas a CartaCapital deu para Daniel Dantas? É uma cruzada pessoal? Mais de 20! Para as pessoas que lêem nossa imprensa, vêem nossas TVs, é difícil perceber a importância negativa do senhor Dantas. Toda a história do senhor Dantas começa durante o governo FHC, quando o tucanato tentou transformá-lo em seu banqueiro. Depois ele virou banqueiro do PT, via mensalão. Alargou sua esfera de ação. Tem ramificações em todos os cantos. Já foi condenado em NY, em Londres, até nas ilhas Cayman, a base de suas operações… isso não significa nada no Brasil. A Operação Chacal, que o incriminou de forma clara, quando ele contratou a Kroll para grampear todo mundo, é de 4 anos atrás. Forneceu à Veja um dossiê pretensamente capacitado a indicar que Lula e Paulo Lacerda ou ministros e senadores tinham contas no exterior. Ele entregou esse dossiê e desmentiu, e está sob um processo por calúnia. Marcos Valério é um homem dele, no processo do mensalão… e ninguém faz nada!

A Veja deu bastante voz a ele, não? A mídia inteira dá voz a ele. Não tenho dúvida de que ele tenha um pé no governo graças a governistas que trabalham para ele. Existem misteriosos entendimentos que transcendem minhs imaginação…

Ele nunca tentou se aproximar da CartaCapital? Tentou por intermédio de um amigo meu – já durante a “perseguição” da Carta. Ele conversou comigo, mas não me convenceu. Depois procurou Bob Fernandes, então redator-chefe, e não o convenceu. Procurou então uma agência de publicidade para oferecer uma campanha de vários anúncios na Carta. Eu não lido com publicidade, o pessoal me mantém distante para qualquer botão fatal para as finanças da empresa [risos], e com toda a razão. Mas vieram a mim, ofereceram, que tal. Eu disse: contanto que não seja ofensiva a nossos valores, não significa que a gente vai se vender ao senhor Dantas. Saíram dois anúncios, mas o terceiro não – porque antes dele saiu uma matéria com nova denúncia contra o senhor Dantas… então ele rescindiu contrato. Cheguei quase a bater palmas.

A Carta foi o único veículo de imprensa que apoiou claramente apoio a Lula. Vocês continuam sustentando esse apoio ao governo? Não, não, não, não [risos]… Apoiamos em 2002 o Lula contra o Serra. Depois de 4 anos nós apoiamos algumas decisões e criticamos asperamente outras. A política econômica do governo nunca agradou a essa modesta publicação. Sempre fomos contrários a várias decisões do Banco Central. Também não aprovamos a política governista em relação aos trangênicos. Este segundo mandato está muito mais marcado por nossas críticas do que o segundo, até porque achamos que está todo mundo no bolso dessa figura [DD]. Hoje, nunca chegamos a ficar tão longe do governo.

Vocês foram muito criticados por terem tomado essa posição a favor de Lula, que é seu amigo pessoal, não? Nós nunca fomos favorecidos pelo governo, apesar de sermos chamados de chapa-branca etc. A verdade é que a Exame, que é uma porcaria quinzenal, tem mais anúncios do governo do que a gente. São aleivosias ditas contra quem rema contra a corrente. A imprensa brasileira, que é uma das piores do mundo, não somente porque é mal escrita, mal concebida e primária, abandonou qualidades que já teve, a começar pelo cultivo do jornalismo investigativo: a imprensa brasileira é um instrumento do poder, até porque ela é um dos rostos do poder. Os senhores da imprensa brasileira participam da minoria branca. Estão pouco ligando para o Brasil, cuidam da predação constante. Um país tão favorecido pela natureza, de mil maneiras, merecia ser uma das primeiras nações do mundo. Algumas das condições que o Brasil tem são únicas no planeta. E por que estamos onde estamos? Por que estamos exportando commodities? Café, borracha, soja, minério de ferro… depois volta sob forma de produtos industrializados, que não sabemos produzir…

Petróleo é nossa commodity da vez… Se depender dessa minoria branca, acabam ou privatizam a Petrobrás. Chamam os americanos para cuidar do nosso petróleo. Nesse momento o país é auto-suficiente. Mas o Brasil tem outras qualidades incríveis, e tudo jogado no lixo por essa minoria branca que é vulgaríssima, feroz, cafajeste, com uma ignorância esculpida por Michelangelo em dia de grandeza.

Você é um pessimista? A curto e médio prazo, certamente. Você veja, o Brasil foi piorando. O Brasil dos anos 50 era muito melhor. Era um país com todas as chances de virar um grande país. Vivemos três tragédias: a predação dos colonizadores, a escravidão e o golpe de 64.

Você acha que o povo brasileiro é muito acomodado? Uma coisa que me irrita é o Bolsa-Família. Quer dizer que meros R$ 50, a migalha caída do banquete dos senhores basta para que as pessoas entrem em um estado de profunda alegria? Isso é trágico! 5% da população brasileira ganham de R$ 800 para cima. A classe média está no meio do quê? As pessoas passam do lado da favela e aquilo não as deixa acabrunhadas.

Ao mesmo tempo a gente vive um “espetáculo de crescimento” da ostentação, como se pode ver na inauguração do Shopping Cidade Jardim… Coisa de Emirados Árabes! É o triunfo do supremo provincianismo, de idiotas ferozes contra a inclusão! A liberdade sozinha não dá conta… Igualdade é indispensável para completar a idéia de liberdade. A fraternidade eu deixo para os que exageram no cristianismo. E isso transcende a ideologia, que é uma coisa difícil de entender para a minoria privilegiada. A ética laica determina que você não pode viver alegre em meio a um panorama de miséria, de falta de saúde, que te oferece precariamente provas de vida precária, no limite. Quem é eticamente preparado para a vida, muito antes da ideologia, deve ser crítico. Certamente hoje vigora uma ideologia que vai dar profundamente errado, como se pode ver pelas últimas semanas o comportamento do Deus-Mercado. Mas o socialismo real também não deu certo…

Você não vê nada que preste na imprensa, fora a Carta? A Carta é um milagre. A mídia melhorou do ponto de vista tecnológico. Tirando esse velho que batuca na Olivetti, aqui estamos todos informatizados. Agora, quanto ao conteúdo… houve o aviltamento da língua. A idéia de nivelar por baixo a linguagem venceu. E essa determinação em servir ao poder… E vocês reparem: estiquem os ouvidos nos restaurantes da moda. Eles repetem incansavelmente o que lêem na Veja e o que vêem na Globo, com adendos a editoriais do Estado, reportagens na Folha, n’O Globo… absolutamente dispostos a serem manipulados e serem levados por essa ficção. Por exemplo, têm a convicção de que aqui em São Paulo se come como em nenhum outro lugar do mundo, o que é uma mentira. Aqui se come horrendamente. Além de tudo são uns crrrrretinos!

Em São Paulo você come onde? No Rufino, porque tem sempre um peixe fresco… o La Frontera, próximo à Consolação, simpático, e a uns 30 metros do túmulo do Claudio Abramo, que foi um irmão mais velho, é uma presença de um fantasma benigno… Mas eu como bem mesmo é em casa. Cozinho muito bem. Faço tudo! Cozinho para mim e para o meu neto, que mora comigo. Este neto era muito ligado à avó, o Pedro, e é como um filho tardio. Eu sou um expert em bacalhau… Porque aqui, se você quer comer bacalhau, é difícil: restaurantes caros e peixes horríveis! É o que me irrita por aqui. Comer-se mal e o sabujismo dos meus colegas.

Seus colegas são uma desgraça, hein? Na Europa, nenhum jornalista chama o patrão de colega. E o patrão não põe o pé na redação! Redação é para os profissionais!

Mas aqui você é o patrão, pô! É nada, eu sou apenas um cara que ganha um salário – e olhe lá… Infinitamente menor do que sujeitos que ocupam cargos iguais ao meu em outras redações.

Mas você é um dos sócios, não? Sou, mas o que vale é o salário… A tiragem da Carta é de 85 mil. A Economist tem 1 milhão, dos quais 500 mil nos EUA, 200 mil na Inglaterra, 7 mil no Brasil… se tivéssemos dinheiro para publicidade e assinaturas, ainda assim, eu duvido que a Carta tivesse mais de 150 mil.

Como você vê as revistas que criou: Veja, IstoÉ Com profunda melancolia…

Você nunca acessa a internet? Abandonei o blog em lealdade ao Paulo Henrique Amorim, que foi afastado do IG de forma nojenta [depois dessa entrevista, Mino reativou seu blog]. Mas eu não chego perto do computador. Tenho zero interesse por computador, nem me aproximo. Enxergo-o como uma boca aberta para me engolir. E muita gente não percebeu que já foi engolida. Eu não tenho nem celular. Nem secretária eletrônica. Tenho carro mas não sei dirigir. Políbio Alves Vieira, o Dó, é meu chofer há 40 anos. O pai de Políbio deveria ser um homem de grande valor… Quando ele queria se referir a uns cafajestes, dizia “bando de corjas”. Uma verdadeira holding!

Depois de seus dois romances, está escrevendo outro? Não estou a fim de um livro de memórias. Esse que comecei a escrever é outra coisa. O título será O Brasil. A história de um brasileiro desde a adolescência até os dias de hoje, acompanhando os fatos deste período. É um homem que acredita ser de esquerda e acaba de direita, de forma velhaca, que é a história de tanta gente no Brasil… Um bando de corjas! [Risos]

Nas próximas eleições a revista tomará posição? Por enquanto, não. Se dependesse de mim, não apoiaria a Dilma, se for escolhida. Essa história do BNDES emprestar dinheiro para o Carlos Jereissati… coitado, um sujeito de poucas posses…

Como é sua rotina? Acordo às 8, vou jogar tênis. Todo dia. Entre 11h e 11h30 fico aqui. Saio para almoçar, volto. 4ª e 5ª são os dias mais complicados. Fico até o apagar das luzes.

Que recado você daria para os empresários brasileiros? Já conheci e conheço muitos de valor, de muito senso de responsabilidade, não posso falar que não os houve. Ao mesmo tempo não os entendo bem, os vejo muito entrosados com a minoria branca. Acho que a compreensão que a igualdade, a inclusão, são coisas muito importantes para os empresários, a compreensão de que o Brasil não deve ser exportador de commodities, de que o mercado interno é grande, e se crescer, o empresariado cresce… Vejo-os com um conformismo em relação às regras da minoria branca que me deixa melancólico. É muito freqüente a personagem empresária que não percebe que a inclusão crescente no círculo da produção e do consumo deveria ser uma constante para o empresário… e percebo que não é. Ele lê fascinado os editoriais do Estadão, o que é um atraso de vida…

O que diria para um jovem jornalista? Desista. Faça outra coisa! Isso digo apesar de ter um avô jornalista, meu pai ser jornalista, meus filhos jornalistas… Gianni vive em Paris desde os 16 anos, está escrevendo o 4º livro, tese na Universidade de Londres, tem qualidades de scholar, é um equilibrista entre duas tendências fortes no talento dele.

Você foi criado num tempo diferente… vem de um caldo cultural católico, na Itália… Sim, mas meus pais eram anticlericais. Eu estudei num colégio onde havia vários judeus. Minha primeira paixão foi uma menina judia. Rezar… não rezo. Tenho uma certa crença em alguma transcendência qualquer, mas ainda assim não sou nem um pouco religioso: os dogmas me aborrecem. Associo muito as ideologias em geral aos dogmas. E eu sou muito anárquico. As religiões são ridículas; a virgindade de Maria é uma bobagem: quem acredita nisso ou é um néscio ou um louco ou um hipócrita.

Como é para você envelhecer? Não tenho esse problema. Devo reconhecer que sempre tive uma saúde de ferro. Jogo tênis todos os dias. Não sinto o terror do envelhecimento. Envelhecer… faz parte. Isso não me atormenta.

Você acredita na sorte? Não. Não acredito no tempo. Acho que o tempo não existe. É uma invenção do homem. Não nos damos conta. Não consigo me imaginar fora do tempo, mas ao mesmo tempo tenho certeza de que essa entidade não existe. Por exemplo, se realmente aconteceu o Big Bang, o que aconteceu antes? Não teria acontecido outros Big Bangs? Então o tempo não existe. Muitas vezes estivemos sentados aqui. Ou talvez uma única vez. E cada vez é definitiva. Provavelmente a eternidade está num átimo infinetisimal que o homem não alcança. A sorte é como a questão do livre-arbítrio. Até que ponto você age por decisão própria e até que ponto você age porque uma série de circunstâncias lhe impõem aquela decisão? A sua vontade, até onde vai? A sua possibilidade de escolhas, nas várias encruzilhadas que a vida lhe propõe, até onde vai? Agimos como podemos agir; o caminho de alguma forma está traçado. De alguma maneira há um determinismo. Até que ponto o que você é o leva à escolha que você acaba fazendo? As suas condições psicosomáticas o levam a tomar uma decisão, isso não tem nada a ver com livre-arbítrio. Mesmo que você tome uma decisão aparentemente contrária àquela que você tomaria, é porque você poderia tomá-la. Não importa se ela foi bem-sucedida ou malsucedida. Eu acho que sempre tive clareza sobre o que estava fazendo. Sim, inúmeras vezes me enganei quanto aos resultados. Eu tenho os meus pecados – e os carrego às vezes com extrema dificuldade… – mas em relação à profissão eu não tenho arrependimentos com as escolhas que fiz.

Autor: rbressane

Writer, journalist, editor

4 pensamentos

  1. Eu fiz jornalismo porque era fã do Mino Carta e do Fausto Wolff na adolescência. De fato, o Mino (assim como o Fausto no fim da vida) é um dinossauraço. Continuo colocando-o num pedestal superior, mas hoje ele parece ser mais fígado que alma, e isso se reflete na revista, hoje consideravelmente menos boa que há cinco anos.
    Belo perfil de um belo sujeito.

  2. notícia do ano, pra mim, é a madonna dando uns cato no jesus… vai ser incestuosa assim lá na bíblia. faltou a categoria Loser do ano, que em 2008 não tem pra ninguém: marcelo silva virou hors concours até por que, né.

  3. eef_e os ossos do polvo says (5:36 PM):
    ai meu
    alem de comentar com o login errado
    comentei no POST ERRADO
    deleta lá do mino, vai
    Bressane/Ronaldo Mr. says (5:37 PM):
    hahaha
    tranki
    vou deixar
    pra mostrar q vc ñ entende nada de www

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