O enigma de Nim Chimpsky

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Criado por uma família de Nova York como parte de um experimento lingüístico de Herbert Terrace [evidentemente zoando Noam Chomsky, crítico do uso de animais em pesquisas lingüísticas], Chimpsky foi devolvido a um zôo quando a grana acabou – até então, ele nunca havia vivido com outros chimps. Nunca antes enjaulado, surtou forte no zoológico, não se deu bem com os macacos, perdeu todos os pêlos, envelheceu rápido…

História terrivelmente triste, agora contada em livro e resenhada aqui pela Salon. Me lembrou o Kaspar Hauser de Herzog ou, em chave burlesca, o Idiota do Stevie Martin [um branco criado numa família de negros que não saca a diferença] – ou aquele coelho burro do K Dick [Flow my tears the policeman said] que, tentando imitar um gato, tomou uma dentada de um pastor alemão y se fodió. Daquelas histórias que, como escreve a Nicole Krauss, encerram alguma moral – mas não se sabe bem qual.

Chimpsky morreu em 2000, aos 26 anos, de enfarte. 

Autor: rbressane

Writer, journalist, editor

4 pensamentos

  1. Só para continuar a te contradizer e a usar um espaço que não me pertence (e pertence a quem?):

    “Chita faz 74 anos como Hollywood gosta, mas sem Tarzã

    11/04/2006

    EFE
    Chita na verdade é um macho
    Los Angeles, 11 abr (EFE).- A macaca Chita, famosa companheira de aventuras de Tarzã, completa hoje 74 anos ao melhor estilo de Hollywood, entre fotógrafos e discursos, mas sem a companhia do homem que lhe deu a fama.
    O chimpanzé, na verdade um macho, que co-estrelou uma dúzia de filmes de Tarzã nos anos 30 e 40, se aposentou há décadas e vive no seu santuário em Palm Springs (Califórnia), ao lado de vários outros antigos astros de Hollywood.
    Segundo o Livro Guinness de Recordes, é o chimpanzé mais velho do mundo. O normal para a espécie é viver até os 40 anos, mas em cativeiro muitos chegam aos 60.
    Um neto de 17 anos, o chimpanzé Jeeter, esteve ao lado de Chita na comemoração, assim como o seu amigo e tratador Dan Westfall. Ele assegurou que os passatempos favoritos do astro são “ver televisão e, é claro, fazer macaquices”.
    A sua última aparição na tela foi em 1967, junto a Rex Harrison, em “Dr. Doolitle”. Seu fiel companheiro de aventuras nos filmes de Tarzã, o ator Johnny Weissmuller, morreu em 1984.
    As celebrações do aniversário de Chita incluem uma homenagem no Festival Internacional de Comédia de Peñíscola (Espanha), o primeiro prêmio de sua carreira. Mas a idade avançada impediu a sua viagem.
    A vida de excessos em Hollywood cobrou seu preço. Chita costumava fumar charutos e beber cerveja, mas agora tem que receber insulina por causa da diabetes e mantém uma dieta de frutas frescas.
    Mesmo assim, como outras muitas estrelas aposentadas, Chita também encontrou no mundo dos atos beneficentes um prolongamento da carreira. A sua mansão em Palm Springs recebe macacos que não tiveram a mesma sorte no mundo do espetáculo.
    A casa faz parte da fundação Cheeta, sigla de Habitat Criativo para a Melhora de Símios em Perigo de Extinção.”

  2. Macacos me mordam, Joker! Desde que nasceu o Nim viveu com humanos – essa é a diferença em relação a Chita, que teve uma vida saudavelmente primata até entrar pro cinema.
    abz
    RB

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