O Padrinho mudou de pista de dança, levou sua sexmachine pro andar de cima. 73 anos working hard no showbiz e ainda dando umas aceleradas de vez quando, isso quando não tinha que fugir dos tiras… até que esticou longe. Espantado – tinha acabado de ler a ótima matéria do Jonathan Lethem na Rolling Stone – , estava quase ficando triste com a notícia de sua morte, quando me liguei: James Brown nunca me deixou infeliz, nunca me decepcionou, sempre foi fonte de inspiração, e sua música ecoa por qualquer som que aspire à condição de groove – o nome disso é imortalidade. Até quis ser preto por causa dele, pra poder cantar com menos estranheza “Say it loud, I’m black and I’m proud“. Mas enfim, a branquelice nunca me impediu de deslizar por aí meu torto moonwalking – passo aliás inventado por ele, depois refinado por Michael Jackson – e demonstrar meu orgulho por algum obscuro bisavô [ou por minha sexmachine]. Algumas das melhores coisas que me aconteceram tiveram o funk do bom velhinho e seus derivados como trilha. Pra que ficar triste então? Chega de chorumelas – fiquem com o Negão mandando o meu top number one alltimes, aqui ainda acompanhado por Fred Wesley no trombone e Bootsy Collins no baixo, num showzinho classe A no Olympia, Paris , 1971. Get uppa!
Aliás foi teu sogro.
Te conheci ao som de Mr.Brown.
Beijo endiabrados.
Que lindo!
Adoro tudo que tu escreve por aí, Ronaldo!
Abraço!