“Contei a ele então o que vinha rondando minha cabeça. Belano, falei, o cerne da questão é saber se o mal (ou o delito, ou o crime, ou como quiser chamar) é casual ou causal. Se for causal, podemos lutar contra ele, é difícil de derrotar, mas há uma possibilidade, mais ou menos como dois boxeadores do mesmo peso. Se é casual, pelo contrário, estamos fodidos. Que Deus, se é que ele existe, nos perdoe. Tudo se resume a isso.”
Roberto Bolaño, Os detetives selvagens