Nesse exato instante o Canal de Suez em meu molar superior esquerdo me sinalizou que permanecia aberto e em plena atividade. Mandei para dentro uma cápsula de Tramal 50, o analgésico opióide receitado por meu dentista, Dr William B. e, totalmente insone, desci ao Kings Bar para mais algumas Stellas em total discordância com suas recomendações a respeito de misturar morfina com álcool. Afogado na fumaça dos cigarros baratos fumados pelos boêmios egípcios, saí delirando pelos corredores do hotel até inadvertidamente ir parar diante da porta do apartamento número 666. Foi somente então que me lembrei: entre tantos hóspedes famosos no passado, o Cosmopolitan também recebera o mago inglês Aleister Crowley, a auto-denominada Besta do Apocalipse.
Joca Terron aventura-se pelo Cairo…
Como é fácil enganar os ignorantes… Ou os preguiçosos. Conte comigo: se a única vez em que Crowley esteve no Egito foi em 1904, quando ele escreveu The Book of the Law, e o hotel Cosmopolitan foi inaugurado nos anos 20, como seria possível que Aleister Crowley tenha ficado nesse local? Ele dominava o tempo?
Liber,
já ouviu falar em literatura, aquele negócio que costuma imaginar o que poderia ter acontecido? Pois é… informe-se! Ou então aguarde o que o Joca vai trazer do Egito [não, creio que não será uma múmia].
abzz
RB