“Quaisquer que tenham sido as outras façanhas do terrorismo na última década, ele sem dúvida trouxe um nítido incremento ao tédio mundial. Não tomava muito tempo formular três perguntas e em seguida respondê-las – cerca de 15 segundos. Mas aquelas perguntas e respostas de tempo morto eram repetidas sem a menor variação centenas de milhares de vezes por dia. Se a operação dos aviões transcorresse conforme o planejado, Muhammad Atta deixaria como legado mais tempo morto, talvez muito mais, em todo o planeta. Era adequado, talvez, e não paradoxal, que o terror também promovesse intensamente o seu contrário mais óbvio. O tédio.”
Martin Amis, no obrigatório “Os últimos dias de Muhammad Atta”, na Piauí do mês.
a referida matéria encontra-se na piauí_02, de novembro de 2006